Trivialidades mudas.

Olá! Desculpa estar ligando assim de repente, mas é que deu vontade de escutar a sua voz. Não, não ria. Eu sei que isso foi verdadeiramente piegas, só que o que posso fazer se estou realmente querendo ouvir seu timbre? Escutar você rir da minha voz engraçada, rouca dessa gripe maluca que me atacou? Acredite, seu riso me faz falta. Eu sinto falta dele durante a semana.

Sabe o que eu queria agora? Te dar um abraço. Daqueles bem apertados e de te fazer perder o ar. Eu amo te abraçar. Parece que meu corpo se molda perfeitamente dentro dos seus braços e próximo ao seu corpo. Se liga naquele lance de encaixe perfeito? É mais ou menos o que sinto quando nos abraçamos. Sem contar que também adoro sentir o seu perfume impregnado nas minhas roupas. Pelo menos, quando estou distante de você, após nos separarmos, eu ainda posso ficar sentindo o seu cheirinho. E, aí, fico sorrindo feito uma boba, lembrando dos nossos momentos juntos. O único problema é que eu gostaria de ainda estar com você.
Tenho te sentido meio distante nesses dias. Um pouco aéreo, um pouco atarefado. Espero que essa fase chata e complicada de final de ano acabe logo. Estou querendo te ter novamente. Mais sorridente, mais atencioso, mais... Mais meu.
Ah, também estou insuportável, eu sei. Não está sendo a minha melhor fase também. Ando chata, estressada, me importando com muito pouco - me irritando com pouco. Gostaria de estar gritando agora mesmo. É, gritando, com essa voz rouca que não consegue pronunciar nada direito. Dizer aos quatro ventos que estou cansada, que quero meu merecido descanso e que te quero aqui comigo. Ei, não ria! Estou falando sério, sua falta está me corroendo. Espero que o ano acabe logo.
Enfim... Vou desligar. Me liga, tá? Está me fazendo falta.
Amo você. Boa noite

Ela olhou para o celular intocado, largado em cima de sua mesa. Fitou as horas enquanto, na verdade, queria ver alguma chamada perdida ou alguma mensagem ainda não lida. Deu de ombros. O seu monólogo ficaria apenas em sua mente.
Apenas lá.

1 comentários:

Álison Freire 1 de dezembro de 2011 às 05:17  

Eh... após esse "monólogo", preciso dar um jeito de comprar logo meu volume de Yume pra ler!!
=)
Parabéns pelo texto, adorei!
você escreve muito bem!
Bjs!

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A Dama Pálida

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Kamile Girão
Fortaleza, Ceará, Brazil
Garota, estudante de Letras, protótipo de escritora. Ama velharia, música antiga, pilhas de livros, pilhas de DVD's, desenho, bonecas, um sardentinho geek e, principalmente, escrever.
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