Os bons anos 90

(Kami baby, em um dia perdido de 1994/1995)


Eliana. Angélica. Disney Cruj. Mamãe e Papai juntos. Mamonas Assassinas. Geloco. Ursinhos da Parmalat. Desenhos da Disney. Ursinhos Carinhosos. O Fantástico Mundo de Bob. Punk, a Levada da Breca. Gasparzinho. Dire Straits. Elton John. As Meninas Superpoderosas. Sailor Moon. Rod Stewart. Barbie. Logo antiga da Barbie. Saídas com o papai para o cinema. Planeta Xuxa. Brincadeira na rua. Caloi. Escolinha Pingo de Luz. Menina chorona. Peter Pan. Boneca da Ariel. Baby Barriguinha. Revista da Barbie. ABC. Guerreiras Mágicas de Rayearth. Dragon Ball. Sandy & Junior. Minichikens da Mônica. Turma da Mônica. Susi. O Resgate de Jessica. Olha quem está falando. Simão, o Fantasma Trapalhão. Mc Donnald's da José Bastos. A Ursupadora. O Diário de Daniela. Luzclarita. Chiquititas. Terra Nostra. Revista Recreio. Último ano na escolinha. Vovô vivo ("Ô Caboquinha..."). Vovô morrendo. Mario World. Windows 95/98. Jogo do Cachorrinho. Princesa Diana.


Por alguma razão, eu só me lembro de 1999. Ainda assim, sinto saudades.

Carnaval geek, livros lidos, estudante universitária em convulsão

(Calma, não há razão para desespero... Estamos aqui para salvar o seu Carnaval!)

E o que uma nerd faz na festa mais comentada/adorada/idolatrada do Brasil? Estuda, oras!
O fato é que eu não queria estar trancafiada em casa por mais um Carnaval, assim como não gostaria de estar no meio da bagunça e da música ruim. Mas por que passar mais um ano em casa quando eu poderia estar me deleitando na beleza de Guaramiranga?
Simples, porque não tenho carro, sou uma nerd e ainda dependo dos pais. Porque ainda não posso sair de casa decretando a minha liberdade, não tenho lugar para ir nem nada. Ou seja: CARNAVAL NERD!
Mas há muitas coisas legais para se fazer estando reclusa no próprio quarto! Por exemplo, eu posso ler todos os textos de linguística, os livros de Teoria da Literatura e, de quebra, dar uma estudada em Fonologia! Posso terminar de ler Amanhecer; posso assistir minhas séries e meus filmes; posso organizar meu quarto; posso escrever a Inevitável e blá. O problema é que eu queria estar em Guaramiranga. E eis a tristeza do meu feriado.
Porém, contudo, todavida, tá na chuva é pra se molhar! E trago a vós, as minhas impressões dos dois últimos livros lidos: Sussurros de uma Garota Apaixonada, da Mandy Porto, e Clarissa, do Érico Veríssimo.

Já falei outra vez que eu havia ganhado o livro da Mandy de aniversário, presente do meu namorado e tal. Por ser um livro pequeno e de leitura rápida, li em uma semana aproximadamente. Devo dizer que, por mais que a história seja interessante, que tenha ficado encantada com o projeto gráfico da edição, que o booktrailer tenha meu amado Jared Padalecki... Fiquei bem decepcionada.
Primeiro porque o livro não parece ser de uma escritora brasileira. Li a história tendo em mente que quem escrevia era alguma americana porque essa foi a impressão que me passou: uma americana dizendo ser brasileira. Segundo: achei o desenvolvimento da história acelerado demais. Nada contra enredos rápidos, mas muito rápidos torna-se um fator tenso. A Mandy poderia ter trabalhado um pouco mais nisso, ter acentuado os sentimentos controversos da Brooke, ter demonstrado isso melhor e passar mais essa emoção. E, por último, o final. O final realmente me deixou decepcionada. Mesmo que a ideia do desfecho tenha sido até interessante, a impressão
passada a mim foi que a Mandy ficou perdida na hora de decidir o que realmente ia acontecer, tudo para dar aquele final feliz merecido. Na minha opinião, essa foi a pior queda de Sussurros de uma Garota Apaixonada.
No mais, é um livro interessante, de uma linguagem leve e atrativo :). Leva três estrelinhas!

E quando terminei de ler o SdGA, comecei o livro que minha professora de Literatura passou
para a nossa turma. Fui correndo ao sebo e comprei. E valeu cada centavo! Clarissa é uma delícia de ser lido. Trata basicamente das impressões que uma menina de catorze anos dos anos 30 tem sobre o mundo. E, em meio a isso, vem as transformações típicas de uma criança que entra na adolescência, assim como experiências amargas que Clarissa é obrigada a enfrentar. Além da protagonista, temos Amaro, um homem perto dos seus quarenta anos, melancólico e amargurado, fazendo uma antítese à figura de Clarissa.
Para quem não gosta de histórias paradas, eu realmente não recomendo este livro. Mas, para pessoas que amam uma descrição ou amam devaneios constantes, esta é uma ótima dica! Clarissa tem muita doçura, magia e beleza, além de trazer um vislumbre nostálgico da década de 30. Quando li o livro, senti-me nostálgica. Senti saudade das crianças que eram criadas àquela maneira rígida e que chegavam aos catorze anos com pensamentos infantis e tendo as primeiras descobertas do amor; senti saudade da menina que eu era aos meus catorze anos - embora não fosse como Clarissa, tão inocente e doce; quis retroceder ao tempo e assistir o cinema preto e branco com todas as estrelas da antiga Hollywood, vestir as roupas que as mulheres daquele tempo usavam, sentar-me ao lado de uma vitrola e escutar o samba do início do século XX. Sensações como essa que te fazem passar o dia inteiro pensando no tipo de vida que a modernidade trouxe e em que tipo de criaturas pessoas com menos de doze anos viraram.
Dou nota máxima à Clarissa! Por ser um livro lindo, fácil e saudosista =).

E, por não ter mais nada a relatar sobre o meu Carnaval lindo, por aqui fico, olhando todos os textos que me esperam.
Aproveitem o Carnaval e se divirtam!

Abraços da Tia ♥

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A Dama Pálida

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Kamile Girão
Fortaleza, Ceará, Brazil
Garota, estudante de Letras, protótipo de escritora. Ama velharia, música antiga, pilhas de livros, pilhas de DVD's, desenho, bonecas, um sardentinho geek e, principalmente, escrever.
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